sexta-feira, 11 de março de 2011

Walt Disney World

Quando me perguntam que lugares quero conhecer,de cara digo: Itália,Grécia,Inglaterra e toda Europa setentrional,se possível.E sabe aquela história de escolher festa ou viagem aos quinze? Então,claro que nem cogitei festa,debutar não é algo que eu,bem,faria.Me restou a dúvida sobre pra onde viajar.Europa,claro,decisão tomada antes dos treze anos,já que nessa época eu não me sujeitaria a falta de vergonha que é ter que tirar visto.Quem esses demônios americanos pensam que são? Eu acreditava que,uma vez que os Estados Unidos fazem parte do mundo,ninguém poderia determinar quem pode e quem não pode entrar lá.O mundo é do mundo,ora.
Segui com esse pensamento,nada mais bobo e clichê do que ir pra Disney aos quinze.Até que minha irmã voltou de lá,Walt Disney World,e essa história de o mundo ser do mundo perdeu forças.Avaliei bem,mas,sabe como é,seria um outro mundo,o mundo de Disney.Tudo conspirava a favor desse mundo mágico: todos os meus amigos iriam,independência,já que não poderia ir a Europa só (decisão influenciada pelo filme Busca Implacável,que meus pais assistiram) e alguns dólares sobre meu total controle.É lá,sem dúvidas.

É claro que o verão em Orlando é horrível,40 graus todos os dias,mais precisamente,o dia inteiro sob sol escaldante.Tirar visto é uma coisa que realmente me envergonha,como brasileira.O Brasil gastou na Flórida,segundo o que me contaram no consulado americano em Brasília,nada menos que 500 milhões de dólares no ano passado,e ter que viajar até uma cidade com embaixada americana nem é um problema perto das enormes filas que se tem que enfrentar pra garantir sua entrevista.E a entrevista em si não teve perguntas ofensivas,mas saber que alguém saiu da sua cidade em direção Brasília pra tirar o tal visto e ter o visto negado,é muito,mas muito vergonhoso pra quem é brasileiro.

Mas o que importa mesmo é o mês de julho,que eu espero conhecer o tão sonhado (por mim) parque do Harry Potter,comprar lá feijõezinhos de todos os sabores e tudo relacionado ao livro.O Magic Kingdom,o parque Epicot,que reúne um pouco da cultura de alguns países como ITÁLIA,O Universal Studios,O Hollywood Studios,as lojas,Miami beach,os personagens,o castelo da cinderela,o Sea World,o Hard Rock,as montanhas-russas e tudo mais que faz parte desse maravilhoso mundo de Disney,que eu já amo.

sábado, 5 de março de 2011

Vícios e virtudes


Agora é assim: comida processada,música grudenta,facilidades,rapidez,conforme o gosto do cliente.As preferências foram tão bem exploradas que acabaram se tornando dependência.É horrível pensar que até nas mínimas coisas que consumo existe todo um processo para me tornar cada vez mais apegada ao produto,dependente de algo que,se eu parasse para pensar,não preciso.

Filmes abordando sempre a mesma temática,músicas com refrões que "não saem da cabeça", e comida cheia de óleo,gorduras,obedecendo ao paladar comum.Cansa essa coisa repetitiva e igual,mas que se tornam tão presentes que acabamos confundindo com necessidade.

Quem não consegue se livrar de vícios do tipo cigarro e bebida,ao invés de se perguntar se quer aquilo,deveria se perguntar se PRECISA.Não só esses,mas vícios em geral.Eu não preciso tomar refrigerante,se eu posso beber suco.Comer é uma arte e deve haver um equilíbrio tanto na comida,quanto na quantidade.Em relação ao vício da bebida,quem o tem tende a negar que possui um certo "compromisso" de beber e não percebe que a cerveja,por exemplo,se tornou essencial em aniversários de família (muitas vezes importa mais que o aniversariante),na sexta,no sábado,no domingo e em comemorações,lamentações,por qualquer motivo.Estão quase extintos homens de meia idade sem aquela famosa barriga de chopp.Honestamente,quanta bobagem.

O que me frusta ainda mais e que me faz ver que o mundo é tão feio e cheios de casos perdidos,é adolescentes bebendo,fumando e provocando vícios,não diria desnecessários,porque todo vício o é,mas numa burrice tremenda,meio que contagiante.Questiono o que eu como,o que eu vejo,o que escuto e tudo.Todos temos o modo "piloto automático" dentro de nós,o problema é usá-lo todos os dias.Essa minha geração,que é diariamente criticada pela geração passada,é realmente uma decepção,cheia de diversos vícios,mas que adquiriu isso de pessoas que lhe ensinaram a aceitar o que lhe oferecem,uma visão errada do que é aproveitar as oportunidades.De um mundo que cobra o que não dá,que não admite falhas de pessoas sem base.E nesse desapontamento com a vida,caímos no vício de nos viciar cada vez mais e compensar com coisas tolas nossos constantes fracassos.

Sei que devo aproveitar o bom da vida,mas desconfio que esse "bom" não se trata de substâncias muito bem preparadas para me fazer de boba e dependente,de me proporcionar um falso prazer.O bom da vida vai bem além disso e não pode ser comprado em qualquer boteco.O valor dele está muito mais relacionado ao esforço do que ao ato de obtê-lo.E sei que,apesar de conhecer a dimensão do seu poder,eu não PRECISO dele.


"Às vezes faço o que quero,às vezes faço o que tenho que fazer".Charlie Brown Jr.,Vícios e virtudes

P.S.: Mc Donald's: vício da população com maior número de obesos e de alguns estudantes de determinada escola,depois da prova de sábado,às 8 da manhã,ou em dias de aula de basquete,em qualquer horário.Afirmam que sem o cheeseburguer a semana não flui direito.