sábado, 14 de agosto de 2010

Charlie Brown e o tal amor


De todas as criações de Charles M. Schulz, nenhuma foi tão marcante quanto a garotinha ruiva, símbolo-mor de todos os amores idílicos e nunca concretizados. Pobre Charlie Brown. Todos nós sentimos compaixão por ele, porque ele simboliza todas as nossas frustrações, inseguranças e fracassos na vida. O que dizer de alguém que não recebeu um cartão sequer no Dia dos Namorados, jamais conseguiu fazer voar uma pipa porque todas enganchavam em alguma árvore, nunca ganhou um jogo de beisebol e, principalmente, jamais teve coragem para falar com a garotinha ruiva e confessar o seu amor? E todos nós já tivemos um momento Charlie Brown em algum instante de nossas vidas. Porque a garotinha ruiva nada mais é do que a metáfora daquele amor idílico que perseguimos na juventude: aquele amor que jamais terá rugas ou saldo negativo no banco, que nunca pendurará calcinhas no chuveiro ou esquecerá de levantar a tampa do vaso sanitário, e que permanecerá para sempre imaculado e perfeito em nossos sonhos platônicos.

9 comentários:

Thais Reis disse...

O amor que todo adolescente sente.Um amor que faz até bem,faz a gente ficar mais humano,até um pouco meloso.E até seria perfeito se não existisse a desilusão quando não somos correspondidos.
Adorei o trecho:
"Porque a garotinha ruiva nada mais é do que a metáfora daquele amor idílico que perseguimos na juventude: aquele amor que jamais terá rugas ou saldo negativo no banco, que nunca pendurará calcinhas no chuveiro ou esquecerá de levantar a tampa do vaso sanitário, e que permanecerá para sempre imaculado e perfeito em nossos sonhos platônicos."

.te amo amiga.

saudades...

Milena M. disse...

Poderia ser Milena e o amor. rsrsrs
O amor platônico,ah, esse safado sempre me pega pelo pé.
:*

Gabriela P. disse...

Ah, que doce, que puro.
Amei, Laís!
Diz tanto, com tão pouco, com uma metáfora despretensiosa.
Esses são os melhores amores, ficam na lembrança, dão um friozinho na barriga, são os momentos, os sentimentos mais puros que guardamos pra vida inteira!

Beijo

Natália B. disse...

Que saudade dos desenhos dessa época, em que recebiamos em nossa casa ensinamentos úteis e não apenas víamos lutinhas sem sentido e séries infundadas.
Talvez na época nao percebêssemos tal importância...Talvez precisemos realmente do 'tempo' pra perceber, pra dar valor no que aprendemos, mesmo que inconscientemente.

Ótimo texto! Transportou-me para meus dias de chupeta e bolachinha maizena :D

Fran Carneiro disse...

Ai, lindo!
Não posso dizer uma grande fã, mas adoro histórinhas que envolvam a Mafalda e as que envolvam o Charlie Brown. Acho as ideias mais criativas do mundo, por mostrar exatamente o que todo mundo tem dentro de si.

E essa, sobre o amor, ah! Não acho que seja o amor que todo adolescente tem, mas o amor que todo ser humano tem!
Emociona :)

" - E então, Charlie Brown, o que é amor pra você?"

L and the Bijous disse...

Peanuts é vida. No meu antigo só dava Charlie Brown e companhia...

Acho lindo, (lindo, lindo, lindo!) a forma que o Schulz constrói os personagens. Como eles são inocentes, mas representam muito do mundo adulto.

Beijo.

Ass.: fã número um.

regina zanette disse...

Charlie Brown e o tal amor: mais um fracasso.

Lari Reis disse...

Saudade da época em que até as coisas simples, como desenhos, eram dotadas de conteúdo e reflexões. Hoje, todos tem super poderes e pronto, né?!

Bill Falcão disse...

Fez com que eu me lembrasse de minha adolescência e meus amores platônicos!

A senhorita anda sumida, hein? Estudando muito?
Bjoo!!